quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Que assim seja!



"Brincadeira Séria"


Faz de conta: você acordou, ligou para o salão e marcou um horário. Na hora do almoço foi lá e pediu: Corta bem curto. O Cabeleireiro não acreditou no que ouvia. Afinal, seus quase cinquenta centímetros de cabelo sempre foram, na sua cabeça (literalmente), uma espécie de atestado da sua feminilidade. Mas agora eles teriam de ser curtos. Para que suas idéias ficassem longas. Ele colocou a mão um pouco abaixo do seu ombro: Mais ou menos aqui? Você segurou a mão dele levou-a na altura da orelha, e disse: Tosa.

Depois você passou naquela loja onde tem uns vestidos moderninhos e coloridos.
Você entrou e pediu aquele cor de laranja com borboletas, muito maus curto do que os que você costuma usar. Aproveitou e pediu a sapatilha da vitrine. Arrancou o seu terninho bege, sua camisa branca e seu escarpim marrom. Deixou tudo por lá mesmo, no provador. E quando a vendedora perguntou o que fazer com aquilo, você disse: Queima.

Quando você retornou ao trabalho, uma hora depois do horário de costume, com aquele vestidinho e com os cabelos daquele jeito, a roda em torno de você foi se formando. Uns animadíssimos. OUtros nem tanto. Alguns reprovaram. Como as coisas já não andavam muito bem por ali, sua chefe lhe chamou no final do dia para conversar, e avisou que as coisas não poderiam continuar daquele jeito, ou ela teria que substituir você. E você disse: Substitui.

Saindo de lá deu vontade de jantar naquele bistrô aonde você acha que só deveria ir no dia do seu aniversário ou outra data importante. Você mal encostou seu carro e já veio o dono da rua, dizendo que eram dez pratas para parar ali. E, como você não deu bola, o homem começou aquela conversinha surrada dizendo, na entrelinha da entrelinha, que um eventual não-pagamento antecipado incorreria em riscos indesejáveis na pintura do seu bólido. Você pegou o celular, digitou três números, mostrou o visor para o homem e , já com o dedo na tecla "ligar, disse: Risca.

Faz de conta que você chegou em casa e sua filha de dezessete anos estava na sala com o namorado. Você teve que contar de novo a história daquele vestido e daquele cabelo e, como chovia, sua filha sondou se o rapaz poderia dormir ali. E, enquanto jogava no lixo aquela agendinha que você só usava no trabalho, você disse: Pode.

Quando se deitou para dormir, aquele anjo que costuma vir conversar com você antes do sono se empoleirou na cabeceira da sua cama. Elogiou o cabelo, o vestido, a decisão no trabalho, o presente de não aniversário, o chega-pra-lá no dono da rua, a atitude com a filha. Só por curiosidade, perguntou que bicho havia mordido você. E você, se ajeitando no travesseiro e já desligando o abajur disse: Nenhum.

No dia seguinte, vendo que eram dez da manhã e você ainda não havia se levantado, sua filha entrou no quarto, vocês conversaram e no final ela perguntou como é que vocês viveriam dali pra frente. Com certa ironia, ela arriscou dizer que com as bolsas e badulaques que você produzia e vendia nos finais de semana é que não seria. E você disse: Sim.

À tarde, você procurou o dono daquele galpão que você havia visto para alugar, perfeito para uma oficina, e fez uma oferta. O homem coçou a cabeça, pediu um pouquinho mais , e você disse: Fechado.

A noitinha, você foi até a casa dos seus avós, assim, de surpresa. E, de surpresa, você os beijou. E quando eles perguntaram o que era aquilo, você disse: Amor.

Faz de conta que foi assim. Faz de conta que foi desse jeito que você virou a mesa. Que resolveu não perder mais tempo, fazer o que gosta e ser do jeito que você, só você, acha que fica mais bonita.

Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo.

Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade.

Essa é uma crônica que li da Silmara Franco. Achei fantástica. Talvez pelo fato de ter decidido a um tempinho ser quem sou, e principalmente não perder mais tempo. Confesso que isso me fez um bem danado.

Não podemos ter medo de assumir o papel de protagonista da nossa vida!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Say No...

Tem coisas pra mim que não fazem o menor sentido...
Por que dizer NÃO quando a vontade é dizer SIM?
PS: No final acho que não soube expressar o que tava querendo dizer... Resumindo... Não to falando de mim aqui!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Thanks, VOCÊ!

Hoje foi um dia estranho...
Tudo bem, até cheguei a pensar que o problema era a "segunda-feira", mas não...
Passei o dia com um "nó na garganta"!
Odeio não conseguir identificar o que estou de fato sentindo.
Santo MSN... Ou melhor... Santo VOCÊ!
Em meio a essa tristeza (?) infundada, fiz uma grande descoberta:
Que bom ter VOCÊ por perto pra sempre me resgatar e me trazer um pouco de paz!
Obrigada AMIGO FOOOOOOOOFO! (tu sabe que é você!)

ELE me fez pensar... divido isso com vocês:


“You are wrong if you think that the joy of life comes principally from human relationships. God’s placed it all around us, it’s in everything, in anything we can experience. People just need to change the way they look at those things.”
(frase do filme Into the Wild)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pra onde?

Indo pra onde a vida me levar!
Que delícia!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Prontinha!

"O coração pede
A razão nega
A saudade implora
A razão nega
O peito explode
A razão nega
Os sentidos brigam
A razão se entrega..."

(autor desconhecido)

Nunca fui boa nessa coisa entre razão e emoção.
Confesso que estou um pouco assustada com a fase que estou vivendo.
Por um momento achei que estivesse anestesiada, claro, melhor assim, não sofreria. Mas com o passar do tempo, os acontecimentos, pude perceber que pela primeira vez na minha vida eu realmente não estava sofrendo.
Tomei uma decisão, fui sincera comigo mesmo.
Me respeitei.
Resolvi que pra estar ao meu lado preciso e quero ser respeitada.
Justo, ne?
Sofri?
Sim, mas aprendi.
Chorei?
Sim, mas lavei minha alma.
Achei que tudo estivesse perdido.
Engano meu!
Como eu já disse: não perdemos aquilo que não temos.
Enfim...
To pronta...
Acertar, errar, rir, chorar...
Pronta pra vida!